A justiça se mede como faca
que corta os corpos
iguais e simétricos,
plena geometria
dos pesos
que situam
o juízo
das coisas
certas.
Na flor que da justiça
a nota era bem dada,
veio um delírio
de forma,
sua legalidade surda
corroeu os órgãos
e as instituições,
normas cavalares
atacaram as leis
equânimes,
e Têmis cega e bêbada
começou
a soçobrar
como direito
positivo
na febre
dos rábulas
e vigaristas,
homens sem lei
deram a nova face
da lei sem empatia,
dos defensores
sem compaixão,
da forma fria
que se contradiz,
dos exegetas
que inventam
chicanas
com torções
do vernáculo
até ao paroxismo,
terra sem lei
é o nome
do homem
unidimensional
em seus
estertores,
uma nova era eclodirá
dos escombros
das almas sebosas
que afundaram
a utopia,
e a justiça
será
restituída.
09/09/2017 Gustavo Bastos
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