Na mais pura glória do anseio,
ferve em toda a pena
um serviço de febre
que dança melíflua.
Em todo o vinho que nas águas marinhas
funda seu contraforte,
vai, poeta!
Vai, poeta! Que dos anúncios vis
cuida o enfermo com suas
luzes artificiais,
que o mundo moderno
se cuida com suas
falanges,
que dos negócios escusos
a gente toma conta,
poeta náufrago,
poeta calcário,
poeta lunático,
tal a poesia cândida
de teu anzol,
poeta puro, poeta chulo,
poeta de poesia esmeralda,
poeta da boca do lixo,
poeta bêbado
de sol.
02/09/2017 Gustavo Bastos
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