O bafo e a fumaça da vitrola
apagam o meu cigarro
quando uma menina na
película de godard delirava
um "kiss me baby"
em karaokê.
Setas de fogo na alma da música
sussurravam nota dez
aos quesitos de cinédia,
como um bon vivant
que descobre a pólvora,
tal o encantamento
das poções mágicas
de um antanho obnubilado.
O frio das caças socorrem
os fardos de feno nas pinturas
que olhavam os fantasmas
do pincel, os assombros
de aquarela e de óleo,
um pigmento áurico,
verde e roxo,
destes sentimentos de origem
me acusavam tais eríneas
que elencavam o meu deleite
nesta peça de brecht
ou de panfleto de esquerda
romântica.
10/05/2017 Gustavo Bastos
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