José estava feliz com seu novo emprego,
tem agora a carteira assinada,
terá um patrão paranoide
rasgando seus sonhos
desde agora também.
José, que antes
se debulhava em lágrimas
com seu frio clamor por
trabalho e comida,
por sua filha que ainda
balbuciava sílabas soltas,
por sua mulher tão miserável
e perdida quanto ele.
O pobre e indizível
José!
Agora ele fazia planos,
e logo teria sua vitalidade
roubada pela enorme engrenagem
que é o sistema glutão,
uma cadeia alimentar
em que o capital é dos
predadores financistas
que lhe batem na face,
oh pobre José,
este zé das lutas ínfimas
por um naco de pão,
por um pouco do mel
de que se lambuzam
os palácios.
10/05/2017 Gustavo Bastos
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