Masco um tabaco na minha boca
úmida de chuva,
os vates me acariciam
a face ambígua,
os olhos de poeta
logo lacrimejam
na fumaça irritada
dos carrões,
os pólos frios
me apetecem
ao sossego.
Firmes estes poemas de estrela
na cor âmbar do sândalo fluido,
negra a mirra e seu estupor,
cândida a luzidia poetisa
nos encantos mais longínquos
das fadas brotadas
da seiva selvagem.
Ó mortos, rogai às planícies
e delirai nas esplanadas!
Fere este teu valente
com elmos perfurados
pelos alfanjes mais
que o coração insano
deste poema
que me cai
da língua.
10/05/2017 Gustavo Bastos
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