Círculos em torno do meu corpo,
eu me penduro no lustre,
dou uma de gaivota com um peixe
na boca, saio sim, voando,
não acredita?
Pois te dou Deus em fagulhas quânticas,
pois amor assim também se dá,
aos borbotões.
Borboleta argêntea na rua platinada,
o passeio é bem hercúleo,
com horas de sair e de ficar em casa,
com horas de maçada e de divertimento,
como somos, entes conflitantes,
o mais engraçado é que na sinuca
sou bravo e ruim,
e como enxadrista um distraído.
Pois sete bolas de lances seguidos
demanda uma boa cerveja,
e o passo ao Rei um bom cigarro.
Pois até estou fora de moda,
sou castiço e bêbedo,
romântico e anarquista,
e gosto de vinho.
Ah, qual nada! Sei do rock todas as pontas,
como um pentagrama ao contrário.
Faço de mim também as ilhas do mar,
vou ao porto mais que vivo
e verde mar!
Tenho visões de xamanismo,
em ventos anunaques
sei de sábios sumérios
de Gilgamesh
e seu fardo infindo,
oh glória,
me dá tuas cartas insensatas,
com o beijo da morte
aos pés do capitólio,
com as armas telúricas
no ventre da canção.
05/11/2016 Gustavo Bastos
Quem sou eu?
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