Diante da pena de morte
dê um salto mortal
e viva,
pois de cada faminto e bandido
há um inocente e um saciado,
este ser de morte-vida
nos ensina o poder da enxada,
o poder do voto,
as galimatias da luta cotidiana,
este ser morte e vida
que morre ou vive
e que tem fome de estourar
os miolos ou de entrar
para um exército brancaleone
de uma revolução profilática,
este ser morrente e vivente
que tem sede de anarquia
e que instaura a ordem suprema
com suas machadadas,
este ser que hora é luz e hora é sombra,
este ser que se multiplica como pão
e que se mutila como farelo de pão,
nós temos todo o infinito
na nossa finitude,
e não nos tornemos indiferentes,
sejamos a empatia do pão e do café,
a empatia da comida farta,
sejamos os fiéis da morte-vida
mais viva diante
da pena de morte.
05/11/2016 Gustavo Bastos
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