Os olhos dançam entre o sol e a lua,
nau em fúria na dança do mar.
Eis o tempo, fim do folguedo,
com o ar irizado em tempestade no sal.
Sofro os ais de vistas cediças,
qual o limiar do caos?
Brisa na janela, abro o pacato canto
das sombras ao pé da cerejeira,
a lua inteira descalça,
o sol em fogo com o peito aberto,
eu tenho que estar certo
ao certo fulgor
que langue
umedece,
senti o vil metal em minhas veias
com o dia findo das águas turvas,
o bruto silêncio cadencia
seus diamantes
na flor da chuva
que o riso espantado
no ar do poema
ressurgiu,
e o dia, tal a nuvem,
no castelo de areia
sonhou como se nunca
fosse morrer.
23/01/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
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