O trabalho do tear
traz sete camadas
de loucura.
A caixa de ferramentas
sobra no fim do armazém.
Utensílios, a faca e o parafuso
para cortar e pregar,
os poemas desencontrados
para costurar,
os dias perdidos pelos
cantos imaginários.
Aperto o peito contra a parede,
vejo o muro e pulo,
meu peito contra o muro,
meu peito na parede,
meu peito batendo no teto.
Uso a faca para fatiar
as estrofes,
não sobra muita coisa
em minhas mãos,
todo o fardo da tragédia
foi derramado,
o solo está inundado,
e a relva cresce
nos poemas
que sobreviveram.
30/04/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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