Nas ondas que vêm e vão
decodifica-se
o programa da madrugada,
a voz grave
do noticiário
envolve
a chuva
da madrugada densa,
notas ao vivo
de hora em hora
pululam
quando chegam
ao meu rádio,
ouço a onda vibrando
de um infinito
invisível
que se torna
a voz
do radialista
numa noite
de silêncio,
voz e silêncio,
uma onda infinita
que acaba
com o noticiário
das coisas finitas
e findas
naquela mesma
madrugada
de minha insônia.
16/10/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 4 semanas
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