O bardo clama alto
o tempo de agora.
Feroz e revoltado
nos calores
de seu vinho.
Um romântico,
um apaixonado,
um idiota.
As dores sentidas
nunca serão compreendidas.
São hemistíquios
de febres de pedra.
Conversa de poetas
não temem o sentido
da pena.
Eis que surge o inocente
da praia dos ares.
Seus altares são sujos
e suas roupas
andrajos
da miséria.
Vai e vem o poeta
e sua lira
de dias mortos.
São sonhos devorados
no ritmo do sol
seus poemas sem muros.
Quando desce a noite
nos seus olhos,
revela de si ao mundo
o código secreto
das flores,
e por trás delas
enumera
seus olores.
Vinha da noite sem ouro,
fel da História,
sem paisagens adormecidas
de harmonias,
sem destino
se perde na
ampla visão.
São pendores calmos,
última nota fraca
de uma força
sobrenatural.
26/02/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 5 semanas
Nenhum comentário:
Postar um comentário