Leve-me daqui para sempre o infinito
Que destrói o mar de barco casco infernal,
Para que a memória se divirta como o sol mergulhará
Em toda entranha puxando do vácuo o tumor
A desdenhosa queimadura dos delírios e o mal
Silente ornato da flor crua do selvagem morto
Acidente em meu jardim de cemitério.
Quero ser o refém dos gritadores dos alcoólatras
Das mocreias dos vampiros das guilhotinas
Que serão toda a vítima, toda a metralhadora
Quando solto o soco nas caras vagabundas,
Sempre quem verá o verão indo por meu coração
Ao fascínio da onda arrebatada do altar negro
Que os demônios tateiam cegos.
Leve-me, ó Senhor, do veneno que adormece
No temporal das inspirações, contarei os suicidas
Os traumas as revelações dos doentes mentais,
Matarei os profetas,
Seriam os horríveis sábios assassinados
E a musa um passeio sob a noite do sinistro.
Leve-me, ó Diabo, demolindo mundos
Eu chorarei para beber sangue
Como o fogo que me dará vida nova,
Eu até o eterno o mar
Que é o amor que fugindo da miséria
Se saciará num banquete de ossos e devaneios.
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