A estória da poesia
é uma saga infinita
das brancas nuvens
negras tempestades
desertos de rubi
vermelha e plácida
onda de níquel e sedução
contra a fome
contra o ditador
sangue de cachorro
lama de leão
feroz rosnado
de rugido da visão
desesperado desespero
da coisa em si
vulcão estomacal
de noites de boemia
nas baladas das odes
de uma elegia
que culmina
num soneto concreto
de um cordel vitalício
de métrica livre
em versos brancos
na rebordosa de um haikai
de uma épica milenar
que trata os ditirambos
como fontes inesgotáveis
de tragédias gregas.
02/11/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 4 semanas
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