Vertigem no silêncio das almas mortas,
ecoa desde o fundo do oceano.
Agarro-me à esperança da fuga,
dou-me ao féretro morto por chumbo.
A consciência de si deve se voltar
à consciência do outro,
sem esta somos ilhas de egoísmo,
pois o verso dialoga com a existência,
e desta tira o fulcro das lições.
O paraíso do amor é também uma fuga,
se este amor não vem com
promessas de felicidade.
Ouço gritos da vizinhança,
os bordéis estão cheios,
a bebida é boa,
e todos somos ébrios.
Vertigem no falatório das almas vivas,
o que resta por viver pode
tornar-se em fumaça,
a cotovia faz seu ninho
e seu canto ecoa,
minha dama predileta
pode ser um sonho,
mas não vou sozinho
nesta vida, tenho minha
poesia com a pena delirante.
18/09/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
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