Terapia de porra nenhuma, masmorra.
Que cê quer? O que cê quer de mim?
Vou ao alto, parado não estou.
Vou com o introito da dona flor,
Florbela Espanca está em meu
nariz de palhaço,
na clínica psiquiátrica
eu tinha 3 metros,
me perguntaram se eu era idiota,
respondi que era poliglota,
vou descarnar a miséria,
afogar minha luxúria,
beber em goles fajutos
a cachaça da anarquia,
sou tempestade no mar,
vinho salutar,
de muito em muito
vou cair no poço profundo,
imundo, quimbundo, vagabundo.
(Flor bela espanca, dizia eu.)
Noite adentro sou Rei,
noite afora sou esmola.
Não me digas o meu dever,
eu sei o que devo fazer,
não te ouvir, te calar,
te matar.
Não me arrependo de nada,
sou estoico mesmerizado
por um espírito de confusão,
sou asfalto na cara ralada
no chão.
19/09/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
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