As sombras marcam
a mendicância de fome
brutal como a queda
de um palhaço no circo
depois do globo da morte
As sombras exalam ares
mefistofélicos
de umbrais morfeus e azares
Quando os ouvidos se abrem
ao verso ressurrecto
paisagens de sonhos
viajam nas veias
do labirinto urbano
como doenças venéreas
que cantam como morcegos
nas noites das putas
O que matou o poeta
não foram os versos
As sombras que perseguiam
o poeta
eram como
valquírias
no desalento
do poema
fundo como
o buraco
do vazio
22/03/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
terça-feira, 22 de março de 2011
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