Frio abissal em minhas têmporas
é sinal de poema,
quando o sinal toca
eu tenho calafrios.
Minha boca seca sedenta
de vinho seco,
o dia anoitece e se acende
uma chama eterna
que vive de zumbidos
e almas mortas.
A terra que vive no campo
está em meu coração gelado.
O tempo que cobre a rotina
é a desdita da poesia
para os que adoram
a derrota como sua
deusa suprema.
Eu tive convulsões em meu
surto paranoide.
A vidência das manhãs
eram pesadelos
em terríveis pinturas.
Os olhos viram tudo,
e se fecharam de medo.
O corpo sentiu o suplício,
e morreu num canto silvestre.
04/12/2010 Delírios
(Gustavo Bastos)
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