Dar-vos-ei meu testemunho:
sou filósofo, na esfera e no labirinto
mordi a minha valentia adolescente
e me tornei homem pacífico.
Quando a nau voltar de sua viagem,
estarei à salvo numa nova equipagem.
Eu voltarei do surto psicótico
com membros de aço
e o sustento que me dá a razão.
Sou filósofo e tenho na metafísica
o meu segredo dileto da existência,
tenho com a bruma uma relação de irmãos,
tenho com as mulheres uma admiração profunda.
Deste prontuário se fazem a doença e a cura,
se erigiu numa forma plácida
toda a riqueza do lume fosfóreo
e terminante da nau perdida.
Dar-vos-ei o poema:
toda a brutalidade e a suavidade,
como contrários conflitantes
de uma mesma alma.
15/02/2009 Gustavo Bastos
Quem sou eu?
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