E o vinho da eternidade
habita no coração da saudade
onde o mistério emana
eflúvios sulfúricos
de um poema escuro
como a noite,
e que de estrelas longínquas
ecoa toda a sua eternidade
em versos fúnebres
de loucura e terror.
Da noite escura do inferno
nasce um demônio vermelho
de fogo e desvario,
ele corre pelo silêncio
trevoso do martírio,
cresce entre os detritos
do apocalipse,
e de sombras se alimenta.
A elegia do ébrio demônio
se anuncia pelo poeta morto
que não sabe da luz do dia,
e que na noite faz orgia.
Eis o tempo sepulcral
que a solidão ébria
descansa temerária
pelos seus pecados.
01/11/2010 Elegias Existenciais
(Gustavo Bastos)
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