Pude sonhar com a barca
de tais sentidos
na vida entre os mares,
e entregar outra revolta
senão os cascos na noite atravessada.
Percorri todos os horizontes,
todas as chamas,
todas as uvas.
Descobri a chuva num monte gelado,
devorei a sinuosidade
da carne posta
ao supremo poder da chuva.
E depois retomei os passos puxados,
fui entre as febris montanhas
cavalgar o espírito do grito,
e levar tudo de roldão
com a barca inesperada.
Pois entrei no fundo silêncio,
e fui depositar meu elo
com a nuvem secreta
do perdão,
sem chorar
ataques de morte,
ou entregar a vida
em vão.
17/11/2008 PALAVRAS SUBTERRÂNEAS
Quem sou eu?
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