A esquadra desce o malho,
pois a calha mata o otário,
fuzila o espantalho,
e afugenta o donatário.
Logo se veem terras devolutas em
que se fincam bandeiras,
as espingardas e as escopetas
para fazer a segurança das invasões.
Uma turbamulta de degredados,
de traficantes de armas,
de vultos nada nobres
da patuleia e seu mundo
desgraçado e fodido.
Perante o capitão da bravata,
uma fragata foi à pique,
diante de sua falência,
de sua inépcia,
o capitão foi afogado
pela belonave corsária,
pelos pândegos da noite,
pelos flagelados da podridão.
O poeta, com suas manhas,
rezava diante das igrejas de madeira
e dos mercadinhos de secos
e molhados, sondava diante das quitandas
e das bebidas caseiras e unguentos
para fazer magias debulhadas
no mistério sexual das feiticeiras.
Tanto fez o poeta que foi ferino
para morrer na praia embriagado.
O poeta que bebeu a astúcia
para sufocar com toda a areia
seu pranto final ao alvorecer.
22/09/2023 Gustavo Bastos
Nenhum comentário:
Postar um comentário