Avança a trama, desenha um arco a trajetória,
em que se abriu a ciranda das escolhas,
os gritos das paixões e as razões meditadas.
O poeta escreveu códigos de sua insciência,
criatura que nem tateia o mistério e ainda
se vê às turras com a vã filosofia.
Bem, o coração desvela outras razões,
e a descoberta de um novo continente
é a abertura do horizonte ou do abismo.
Àquele que se distraiu mais do que planejou,
o abismo poderá se lhe abrir qual garganta,
um vale do olvido em que a desídia não descansará.
Por seu turno, os que foram à lida, com plano certo
e o preparo devido aos imprevistos, colhem de
farta messe a consequência de atos meditados
com razão e coração, com paixão e astúcia,
e contemplam as conquistas como reis e rainhas.
Se move a grande máquina, anima mundi,
axis mundi, chama eterna, fogo fátuo,
jogo entre duplos de destino e acaso,
espelhos e prismas, forças e métricas,
o breve e o longevo, ogiva e cornucopia,
paralaxes do aleph borgiano,
o átimo e a sempiternidade.
Já está vasto o horizonte, de todo este sol
e de todo este mar, como quem bebe
seu início e seu fim, em circunvoluções
de vinho e vivendo a festa da vida.
07/06/2023 Gustavo Bastos
Muito bom o seu blogue. Gostei imenso. O meu BioTerra é mais dedicado à Educação Ambiental. Quem sabe, também o siga. Um forte abraço
ResponderExcluirMuito obrigado!
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