Num halo a luz semeia com coragem
o que a sombra tenta esconder.
Todo segredo de polichinelo,
que o néscio cuida como um bibelô,
parece uma patetice que se embananou,
dizia a ironia, com ar vitorioso,
e um riso de escárnio
e a satisfação da própria
messe.
Um banzo se espalhava
entre a farsa e a fadiga
da mentira.
Um ranço e um muxoxo
já tinham sido batidos
na estrada da verdade,
agora tudo ruía,
e a sombra tateava
o que desconhece,
a fúria da luz
e sua expansão
veloz.
A lei natural, toda harmônica,
quando lhe forçam os fios,
regurgita violentamente
e retoma suas posses
e seu poder, que é o reino
da verdade, suas leis,
sua harmonia
e sua proporção,
o saber iluminista
e sua ordem
de razão e de
verdade,
o apreço
pelo fato
e a devoção
pela ética.
08/05/2023 Gustavo Bastos
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