Fel de suicida, na noite trêmula das velas,
o gólgota que nunca mais veria
o sol, e nem a terra,
e nem seus sumos
e vidas.
No páramo o plenilúnio sinistro
e a música tétrica que saía
do fundo de um órgão de igreja,
mas que vinha da casa escura,
depauperada, do velho ranzinza
e misantropo, depois de ter se
ouvido este estampido de bala,
um soco seco na noite funda.
Depois, pela aurora
da manhã,
num jardim imenso,
estava a poetisa Mytilene,
em seu vestido branco,
que tinha estourado
a cabeça, depois
que o príncipe
Miguel, astuto,
voara com seu
ópio para
o Oriente.
08/05/2023 Gustavo Bastos
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