A fera acorda no toque da corneta,
suas garras vão defronte ao desafio,
com o rigor pétreo da decisão tomada,
e os caminhos em que se cobre de prata.
Sofre no cadafalso toda farsa exangue,
de um tiro sem misericórdia do mundo firme,
em que a lei natural não se importa
com a derrota, e nem com o final da fábula
em que a cantoria virou lamúria.
Dos escárnios se guarda a morada do justo,
reservando ao aniquilamento toda balbúrdia,
e a estrada mais forte se abre,
nas raízes da vida abre a porta,
todas as janelas, e o ar entra
numa lufada, com sopro e anarquia,
como o bom vento da alegria.
25/05/2023 Gustavo Bastos
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