Na cidade que tilinta
entre os metais
dorme o meu ferro,
ferro de toda a obra
que se ergue, eu tento
me inteirar das estantes
e das vigas, dos ossos
e das estalactites,
meus membros fortes
e minha visão resoluta,
no estio, nada faltará
ao esforço, o suor na
testa e o coração
disparado de emoção,
veja, os poemas caem
da mão madura
que assombra
os céus da tempestade,
ad infinitum, eu escrevo
o meu verso com o meu
corpo bronzeado
de um sol furioso,
como poeta da lira
ou trovador
solar.
15/10/2020 Gustavo Bastos
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