No verão da datcha,
segue o caminho aberto
por Khlébnikov,
para brilhar como poeta,
no caminho do sol,
rompendo com o imagismo
de Iessiênin, a cantar
a plenos pulmões
o seu canto do cisne,
ao passo de seu suicídio
diante das hordas stalinistas.
Maiakóvski, o poeta
panfletário, distante
das versões aguadas de rondós
e das expressões engessadas
no dogma de Pushkin,
este pai da literatura russa.
Maiakóvski passa ao coloquial
se mantendo sonoro,
seu som estridente
de militante e poeta
que desafia com seu
verso estourado
os cães da ordem,
o poeta soviético
que é da luta política
e que tem na veia
sua forma revolucionária.
14/03/2020 Gustavo Bastos
A Hora das Fornalhas
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