Ponteios, em vil sono e vinco
de ópio, meus lares capitulados
fazem a pena capital,
dois mortos.
Frente ao vício da rua,
meus doutores de farda
agitam suas lâminas,
e entre os copos de cerveja,
um arroto interrompe
a música, é o bêbado
prosador que ataca,
e faz cara de esperto
com notas do submundo.
Dentro das casas as mazelas,
e as vidas atribuladas
como o cão,
verte, de um lado torto,
os jorros de água
como potes de mel,
e os dias sob auspícios
de um farol laranja
em arrebol.
16/09/2019 Gustavo Bastos
A Hora das Fornalhas
Há um dia
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