Designa o teu campônio,
míseras e rútilas misérias,
calcinado de têmpera e pastel.
Urge o brio da urze, cada raiz
à rés-do-chão
para o limo que finca
a palavra
nódoa
no ventre
explosivo
do gozo,
qual a funda trama de um pênis ereto
apontando à fênix dormida em órion,
ônix ventral de vestal, dura foda
dos olhos que caem no dorso do atlântico,
borrasca e aurora boreal
das cavidades múltiplas
do corpo,
aranha-mestra de teia funérea,
Desnuda o campônio malgrado o tempo,
como um grão-vizir
de tua anca e boceta
na noite náutica
do grito do gozo
do mistério elevado
do cosmos.
Elenca tua coleção de fúrias,
eríneas naiades contempladas,
furiosas fúrias ígneas,
lancinantes esbórnias,
e cata o rosto na fera do gesso,
como os escultores
que alojam suas pedras
na rota figura
de copos vítreos
em que a paixonite
murmura
uma estátua
como o trauma
que paralisa as veias
ao vento do mormaço dizendo:
estibordo, bombordo, transbordo.
Vai e dá fé ao teu corpo à tua boca:
cada ventre sabe de sua história
na barafunda azáfama ao lupanar de barregãs.
outrossim ... eu estive no inferno
das mulheres lá,
e me foi permitido
saber da mentira
numa alma e num corpo.
24/07/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
A Hora das Fornalhas
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