Todos dormem agora,
o calmo lago ancora
no sonho.
Sei que todos são fantasmas,
espectros de respiração.
Todos calmos no lago da fantasia,
dormem aos montes
na selva da caverna,
dormem intactos
no silvo das eras.
Eu, poeta iridescente,
com o mar à lua rente,
durmo como um monge,
afugento o cão mordaz
dos pesadelos de morte,
durmo com vocês
sem poesia ou casco
de proa,
durmo com o silêncio
na miragem
de um feroz campo
de ardor sem fim,
durmo sozinho na praia vermelha
dos limos verdes de uma
pedra cinza.
30/06/2014 Êxtase (Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
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