Os lares da calma vigoram
no poeta estatelado,
pensei no alvo da liquidação,
era o meu corpo nu fincado
na areia,
terei tempo em corroer as mandalas,
cada átrio repleto da adega,
cada martírio na luz da lâmpada.
Os olhos do poeta lacrimejam de sal
no olor das flores do mal.
Cantei Baudelaire como uma
coluna vertebral,
não há mais nada,
tudo foi embora,
eis que a poesia
finca suas crenças
esgotadas.
O poema sim,
este ser sepulcral
de ar altivo,
navega
em meu corpo
de sal.
24/08/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
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