A pobre e miserável vida,
a odiável vida,
tão rica e amada!
Como sou tolo! Eu que busquei
no campo verde de mistério
o meu perfeito pecado!
Eu, que de tão torto na noite,
dancei histérico e extático
como um grande deus nu,
estalei meu corpo
no bestiário
das almas totemizadas,
Tânatos pedia o meu sangue
e um duende em meus pés
regurgitava uma flor de espada,
o mel saía de minha boca
e os olhos não viam nada
senão a totalidade
do ímpeto,
a náusea de todo ímpeto
jogado no vento veloz
de todos os sentimentos
possíveis,
o vento embriagado
de todos os sonhos
que nunca foram
pensados,
um grito no escuro
da clara ilusão.
31/03/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
Há 3 semanas
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