As ferragens dos pés
no claustro
de épocas
mortas e vivas,
e memórias vivas
mais que vivas
na vida presente
dos fatos futuros,
o vidente era o capitão
da nau nas ilhas de verão,
o general na terra devoluta
poria nos arrabaldes
da cidade sitiada
seu coração de chumbo
para que as máquinas
trabalhem duro
na dura carne,
para que não esmoreçam
na hora do ataque.
E os desvãos da filosofia
só se reuniriam em corpo pronto
na pena da poesia.
Enquanto o sol risca os olhos
do horizonte do crepúsculo
como uma flor potente
que acorda o coração
do torpor,
e a vida sem dor
pode na velocidade do som
inaugurar sua liberdade.
22/08/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
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