A copa densa da alma
como planta-caule
lembra a vasta floresta
que os ares cobrem.
Flor da malta devassada
em gritos de horrores
que os faunos davam
na luz da poesia.
Como colheres com carnes vermelhas
no meu ácido de meu carbono iridescente,
como naves de suntuosos bares
nas divergências entre
poetas alcoólicos,
como selvagens tropas
aniquilando
os poderes da astúcia,
como ladainhas de serpente
no sibilar da luxúria.
A alma densa condensada
em copo de crânio,
a alma imensa como vinho
na taça da longevidade.
Veria alma separada
pelos acordes
como exames
de corpo na luz
do raio cirúrgico.
Dançando na chuva de música,
aleluias eram fardos
de metamorfoses,
lucidez era o luxo
dos que nunca
saberiam enlouquecer,
sabedoria poderia
ser rima de uma menina
no meu espelho
que fere meu peito
de amor germinado.
22/08/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
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