Para calar a verdade
do pouco que sei,
digo mentiras e bobagens
para desviar do mundo
tudo aquilo que é oculto
aos olhos da sabedoria.
Piso no silêncio do coração
contrito de tristeza,
entro e saio de minha razão.
O que sobra de valentia e coragem
é o terreno complexo e tortuoso
do verso que se firma no alto
de tudo que vejo,
e não haverá firmamento sólido
no deserto da canção.
O sonho se veste ou fica nu,
basta ao poeta
decifrá-lo
ou matá-lo
em seu coração
de ilusões
e imaginação.
O poeta pode calar-se
ou gritar,
pois o fundo de sua existência
é o paradoxo de um sol
na escuridão.
17/04/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
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