A boca trêmula sente sede
sabida de sua sábia condição
de verbo.
A palavra se dissolve na paisagem,
o horizonte é o termo em que afunda
o olhar iluminado de sol.
A carta que escrevo à posteridade
nunca será lida por uma caterva
de vivos, estarei morto
em minha solidão
quando a notícia
de minha vida
ecoará nos tímpanos
da velha estória
de mares sem fim.
O olhar permanece calmo
sob o invólucro da desolação,
a praia com que se alcança
o fim dissolvido na areia
é o castelo que a onda
engolfa com sua fome de caos
que volta ao enigma beatífico
do oceano e suas quedas.
20/04/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
Há uma semana
A profundidade deste texto é emocionante! Estou esperando sua visita, apareça! Abraços
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