Ninguém partiu desta vida
sem extasiar-se antes da morte,
quando tudo se diz antes forte
do que mal agouro de faca suicida.
Não lamento quando tenho o intento
de arcar com o coração no frêmito
estando em vida como unigênito
saudando o zênite de todo esquecimento.
Mas com a visão desarmada
posso cantar por todo o amor
que é de uma vida o seu fulgor
e que é pranto e vida em flechada.
Ninguém se diz morto enquanto vive.
E na última hora não há o que esperar,
senão o parco da memória que é amar
o desvario enquanto ainda tudo existe.
21/08/2009 Gustavo Bastos
A Hora das Fornalhas
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