Dei-me o sincero calor, obra póstuma
de que hei sentir, na vida como na morte
o céu e a terra furiosos.
Ali estava a semente das árvores
e aves planavam sobre o meu pensamento.
Donde vens estrela matutina?
Os corvos também comem a minha carne,
os abutres pegam os restos
e a pomba canta a paz.
Dei-me o sincero calor, sem lástima,
sem rancor, perdoando a todos
os que mentem,
perdoando como assim quer Deus,
vou jogando o passado às serpentes,
e o tempo da coragem acorda em mim
como sete espadas brandidas
do perdão cristão de setenta vezes sete.
Disse o ancião:
Tu és a tua própria aurora,
sangue de rio caudaloso
passando pelas montanhas e vales,
és o fim de tua violenta paixão,
és a nau sentimental
no calor que buscas em teu poema.
E assim se faz a música
de teu coração,
música da harpa de Davi.
18/03/2009 Gustavo Bastos
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