Dança do ventre, o corpo nu,
a dama Vivacqua, que da ilha
o bronze se deu, na mais alta
sociedade, o escândalo prometeu.
Vem com a cobra enlaçada,
a dança que vinha de musa,
idolatrada, maldita, reluzente,
a dançarina-atriz messalina.
E como se faz, quando a carne,
trêmula, ao sexo se dá,
e na dança faz a febre,
no meio do mar, em uma
ilha só dela, seu corpo
flutuava, ao lado as gotas
de sangue, a morte de uma
vida avançada e livre.
Este poema está no mar,
na ilha da Guanabara,
em meio aos pescadores,
contemplando a nudez
que é como o sol
no dia claro e aberto.
03/10/2024 Monster
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