Vem da rua, protesta, levanta a bandeira,
com pelo no suvaco, a militante radical.
E ali vem a anjinha, mais que linda,
toda fina, com pé de bailarina,
ninguém diria, mas uma xota a desatina,
é mulher de marombeira, não custa ter toda
a feira dos broncos pra ela, mas gosta é da cona.
No vale tudo, a galhofeira, mulambeira,
que gosta de dar porrada, dona da bagana,
cheia de tatuagem, parte da cabeça raspada,
tem apelido em aumentativo, e gosta é de papa
fina, de pé de bailarina, dorso de magrinha.
A poeta entoa Lesbos, e a poesia sáfica
das escritoras, num mundo misândrico
em que todo hétero top seja anátema,
no crespúsculo do macho e de seu
tadala mágico que não mais empina.
03/10/2024 Monster
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