O poema do pântano
traz a remela
e os mosquitos,
um canto coaxante
de batráquio, com estes
versos alambicados
de um proboscídeo,
de estro gorduroso,
opíparo.
Vestais dançam
com o frenesi
em transe, São Vito
desce e se manifesta
nos corpos, Dionísio
e os pícaros sonham
nus um sonho
numa noite
de verão,
bem astuto, o poeta
ensaia o grand guignol,
os teatros burlescos,
os fantoches e a farsa,
além da balalaica, e dos
encômios e panegíricos
dos senhores que
bebem vinho.
E na galeria,
lá estava Munch,
liquidado, e Van Gogh,
sem eira e nem beira,
como se leu no hieróglifo
físico e mecânico
de Artaud.
08/04/2024 Gustavo Bastos
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