Que cantoria pernóstica,
dos meandros de um marchand
pedante, a saber mais
dos registros oficiais que
das matizes e da pincelada,
como o ocre do vinho
que se espatifa e
desce este rio roxo,
tudo vai pelos ares
com o artista louco.
Vem ver, que da fúria se
capta a luz iridescente
das feras que habitavam
o antigo mundo,
e que nas fadas fantasistas,
qual vestais, no campo fértil
servia à vassalagem
dos ébrios sátiros
da dança do Sabá.
Eis o poeta, este esteta que,
na loucura de seu absinto,
esquartejou o intelecto azinhavre,
este fatídico purista, pudico,
que foi sacrificado numa noite
de gritos, à famélica fauna
dos ídolos de pedra
e de madeira, com
a poesia mais brutal
que um ancestral
totêmico pudesse
um dia ter delirado.
07/03/2024 Gustavo Bastos
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