E o que restou daquela canção?
Assim perguntava uma rosa já murchada
pelo tempo, de um tempo amado que passou.
Sei que nada permanece o mesmo,
e o tempo corrói todas as esferas naturais,
enferruja os ossos e amolece as carnes.
Sei que não posso saber o que ficará,
de meu legado e de meu vinho.
Se me perguntam, lembra desta música?
Pode ser que esta tenha ficado para trás,
e não se repete ad nauseam,
qual disco rachado,
num aturdido estribilho
em que o que deixou
de existir, já não pode
e nem deve renascer.
21/02/2024 Gustavo Bastos
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