O pastoreio dos que se perderam
é a renovação de nossas noites
perdidas, das estrelas caídas
como anjos da danação.
Este páramo, de fundo escuro,
inspira as falanges contra
os sonhos dos boêmios,
em que o coração contrito,
na fossa, sucumbe.
Ver a saída dos hinos de misereres,
dos cantos de lamúrias,
ladainhas, melodias plangentes,
de um peito dorido,
é ver que da fossa
o espanto estava adormecido,
e a alegria abafada.
Que mundo ruim
que te fez bagaço!
O mundo cruel
que você blasfema,
deste Deus que lhe
deu uma botinada.
Nada restará
enquanto o choro
e o ranger de dentes
não se superar.
19/12/2023 Gustavo Bastos
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