Botando para quebrar,
a trupe estava no páreo,
uma gangue de maloqueiros,
deste submundo,
a vida áspera
da orgia de paus
e pedras.
Foi à pique
o comércio,
uma manada
chula, xucra,
levava tudo,
saqueava
e gritava,
numa overdose
de ignorância civil.
Veio o choque,
tudo para o alto,
fumaça de lacrimogêneo,
costas estalando,
gás de pimenta,
e toda a trupe,
uma parte presa
e fichada, e uma outra
parte com TV, Notebook,
celular, e uma baba parva,
amarela, descendo pela
língua e pelos lábios.
Se podia ver a fala
e o olhar aparvalhados,
faiscando dubiedade moral
e subia uma fritura interminável
que saía da barraquinha
que vendia cachaça
e vendia batata frita
de saquinho, um
óleo preto
que descia,
e a baba parva,
amarela,
que descia,
e que pingava,
pingava,
pingava …
24/07/2023 Gustavo Bastos - POESIA BRUTALISTA
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