Poemeto assim se faz de música,
lá lá, faz de fá um si assim sem dó,
no sol de meu rimado em ré,
na ré da rés-do-chão,
bruma que soa melodia,
canção da escansão,
faz poeminha bem bonito
que nem broto, que nem flor,
ah, faz outro falando de caveira,
faz mais um da amada,
sacia depois o poema trovão,
uma prosa que faz afetação
de inteligência,
faz este poema
murro que nem o cão,
depois volta a musiquinha,
na noite virada, na boêmia
mais danada, conta esta
estorinha bem bolada,
como um poeta bruto
e fanfarrão.
06/09/2022 Gustavo Bastos
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