Uma girândola ao foguetório,
barba suja de sopa,
os botões de rosa
debulhando a boca
sedenta,
cai de maduro
manga manguita,
doce do céu,
meu brigadeiro,
faz cuscus
com mel
e chocolate,
bate mais
a ganache,
fez desta festa
o animador
de roupas
ridículas,
fantasia
da criança
que pega bala
e lambe os
dedos,
ah, vai alta
esta madrugada,
depois deste falatório,
de um resto de beijinho
e papéis coloridos
e uma barafunda que
se foi ao levar
bugigangas,
das falácias,
estes bas-fonds
são ricos de bobeira,
um bobajol
já manjado,
fúria mimética
de brinquedos,
broquéis e faróis,
flores do mal,
uma temporada
no inferno,
astros perdidos
na lua, o blake
que pinta
e borda,
poema este
de livro livre
e um monte
por quem
os sinos
dobram.
29/09/2022 Gustavo Bastos
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