Na manhã d`aurora o galo canta
e o arado está neste amarelo ouro
que fulvo dá-se assim até
o arrebol,
no despertar da coruja
no plenilúnio, toda
a bruma se orvalha,
os brotos abrem em rosa,
toda a fauna rumina
uma lótus branda,
destes crepúsculos
todo este vinho
e trigo e centeio
fazem casa
nos desertos
de fumo
e coca,
vende-se o tomilho
no mercado,
toda a toranja,
as charqueadas
e o embutido
da matança
do porco,
o poema se enevoa,
e anda pela canção
camponesa
com o vento
destes trigais
dourados.
12/09/2022 Gustavo Bastos
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