Mata-borrão, evocação dos
meus demônios, arte potente
que livra os lírios
da loucura,
eis, perto da pátria perdida,
corre o sangue dos
anacoretas,
eis, defronte ao touro virulento,
corre o sangue dos
pássaros,
passo a faca ao espadachim,
ele verte o sangue
dos poetas,
qual irmão de morte
no fogo de pentecostes,
eis um santo extático
com a cara sulcada
no sol do deserto,
ermitão, renunciante,
anunciando
o evangelho
num pote de barro
com água salobra,
na carta náutica : era o louco.
09/10/2017 Gustavo Bastos
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