Por entre as portas o movimento,
reto o pêndulo em curva,
ao modo sucinto do corpo-emblema.
O movimento reto-curvo
soçobra à esfera terrena,
deslizo sobre o monte,
escalo este desvão
do horizonte.
Leve o corpo, pesado o karma.
O corpo-karma é curva de rio,
reta de chão.
O corpo é karma de alma
ao clarão do dia,
sol inclemente
do deserto do coração.
Às armas, amigos meus!
Pois do todo o cosmos
é feito, como pó de estrela
é esta visão,
oh visionário fogo,
que dentro do coração
o deserto é repleto
de oceano e emoção.
Deste movimento as mil portas
estão entreabertas:
os vãos sonhos são queridos
de toda a minha fortuna,
pois do tempo e além
o mar-aquém
digladia-se com o fogo,
o corpo marmóreo destes enclaves
são sonoros gritos
invadindo
o silêncio dos riachos,
como se toda a fauna acordasse
nesta hora do grito,
como se o mundo ao todo,
de seus corpos-almas
e brumas,
fossem a espuma que beija
a areia, vinda do mar.
21/10/2015 Gustavo Bastos
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